A IMPORTÂNCIA DE RECONHECER E RESPEITAR AS ETAPAS DO LUTO PARA O ACONSELHAMENTO PASTORAL

Autores

  • Silvane de Paula Padilha Faculdade Fidelis
  • Mariluce Emerim de Melo August Faculdade Fidelis
  • André Felipe Klassen Faculdade Fidelis

DOI:

https://doi.org/10.53546/2674-5593.cog.2023.85

Palavras-chave:

Luto, Etapas do luto, Aconselhamento, Pessoas enlutadas

Resumo

Existem pessoas que gostariam de ajudar os enlutados, especialmente em igrejas e, no entanto, não compreendem o momento, sentimentos, reações e as reais necessidades de pessoas que lidam com perdas significativas. O objetivo geral desse estudo é compreender as etapas do luto e reconhecê-las na vida de pessoas enlutadas a fim de que recebam ajuda adequada. Para isso, foi investigado através de pesquisa de opinião, se as pessoas já haviam ouvido falar sobre as etapas do luto, se já tiveram perdas significativas e como vivenciaram sua experiência de luto. A pesquisa obteve 55 respostas, entre os dias 10 e 22/10/2023, com 10 perguntas abertas de abordagem qualitativa. Os respondentes em geral não se referiram às etapas do luto como mencionadas por terapeutas e conselheiros (negação, raiva, barganha, depressão, aceitação), mesmo dizendo que as fases precisam ser respeitadas. Se não mencionaram, é porque não conhecem, não lembram ou não acham importante mencionar. Conhecer e respeitar as etapas do luto evita julgamentos, palavras e atitudes inadequadas para com os enlutados e a discernir momentos em que precisam ser encaminhados para ajuda especializada. Portanto, o tema das etapas do luto precisa ser ensinado nas organizações eclesiásticas. Ficou evidente que as pessoas passam por diversos tipos de luto e sofrem por isso, desde a perda de um animal de estimação até uma pessoa muito próxima. E mesmo respeitando o tempo para superação, as pessoas que convivem com elas podem auxiliar adequadamente, reconhecendo a etapa de sua fase de luto com suas reações correspondentes. Evidenciou-se também que entender a dor e se colocar no lugar das pessoas ajudam na compreensão dos sentimentos dos enlutados. O conselheiro deveria acolher ouvindo mais e não simplesmente falar sem ter cuidado com as palavras

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Publicado

2024-09-07

Edição

Seção

Artigos