COSMOVISÃO, RELIGIÃO E ARTE: CORRELAÇÕES E APLICABILIDADES NA MÚSICA CRISTÃ

Autores

  • Cristiano Nickel Júnior FACULDADE FIDELIS
  • André Felipe Klassen Faculdade Fidelis

DOI:

https://doi.org/10.53546/2674-5593.cog.2022.75

Palavras-chave:

Arte, Cosmovisão, Religião, Música, Paul Tillich

Resumo

O objetivo desta pesquisa é promover um diálogo entre a teoria de Paul Tillich, sobre estilo e conteúdo em arte e religião, e seus desdobramentos delineados e intrínsecos à manifestação artística na cultura, que transcende os limites da arte como submissa à religião e sua aplicabilidade na arte musical, seja ela sacra ou não. A metodologia de pesquisa é bibliográfica e análise de obras de arte e músicas. Em primeiro lugar apresentaremos, dentro da Teologia da Criação, os desdobramentos do mandato cultural e as relações entre elementos internos (culto) e externos (cultivo) da cultura. Em seguida, adentraremos aos elementos fundamentais da arte: forma e conteúdo, bem como as implicações em música. Posteriormente, utilizaremos o método de correlação, proposta por Paul Tillich, no que tange à arte e religião: arte como estilo não religioso, conteúdo não religioso; arte como estilo não religioso, conteúdo religioso; arte como estilo não religioso, conteúdo religioso; e arte como estilo religioso e conteúdo religioso. Analisaremos o embate estético entre a arte sacra e a arte popular por meio da categoria desenvolvida por Umberto Eco, a saber, os apocalípticos e integrados. Pode-se concluir que a utilização da música sacra na liturgia tem muito a ver com o estilo e com a cultura da comunidade religiosa, ou com o estilo utilizado pelos ministros de louvor, às vezes diferente do estilo implantado e consolidado pela igreja. Nesse sentido, podemos ver as transformações culturais e sociais em que se considerava fora da estrutura sacra, adentrem à mesma. A probabilidade dessa mudança paradigmática acontecer depende da legitimação ou não dos apocalípticos ou dos integrados.

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Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

Artigos