VÍNCULO AFETIVO, APRENDIZAGEM E AUTISMO:
REFLEXÕES SOBRE A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
DOI:
https://doi.org/10.53546/2674-5593.cog.2021.52Palavras-chave:
transtorno do espectro autista, vínculo afetivo, ensino-aprendizagemResumo
Objetiva-se discutir neste trabalho o papel do vínculo afetivo na relação professsor-aluno em processos de ensino-aprendizagem de estudantes com transtorno do espectro autista. Parte-se do pressuposto da importância da mediação do professor na construção do conhecimento. O processo ensino-aprendizagem é dialético e há a compreensão de que é necessário acreditar no potencial e nas habilidades que cada indivíduo possui e investir nisto. Realizou-se uma revisão narrativa sobre algumas perspectivas teóricas sobre a constituição do autismo, a psicologia do desenvolvimento e a aprendizagem. Foi possível verificar a importância de compreender a matriz afetiva na formação das dificuldades de interação social de indivíduos com autismo, bem como sua implicação nos processos de subjetivação, intersubjetividade e desenvolvimento cognitivo. Destaca-se também que a aprendizagem ocorre na interdependência entre processos cognitivos e emocionais, e que o estabelecimento e fortalecimento de um vínculo afetivo entre professor e aluno são capazes de promover o potencial de desenvolvimento, além de serem o fundamento para a construção de conhecimento. O que remete à percepção de que mais do que métodos e técnicas didático-pedagógicas que se tenha como referencial, se não for priorizada a relação dos sujeitos no processo educacional, problemas de aprendizagem e limitações no desenvolvimento podem surgir. A partir destas reflexões, admite-se que o estabelecimento do vínculo com o professor é sine qua non no processo de ensino-aprendizagem para o aluno autista.Referências
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